terça-feira, 26 de março de 2024

Livros sempre preocuparam

“Desde sempre os livros trazem diversas visões, diversas opiniões, de diversos autores, de diversas épocas. E é importante lembrar que o mundo dos livros é o mundo das visões dissonantes, dos debates, da construção do conhecimento e essa construção é dialética. Por isso, muitos regimes são, naturalmente, contra isso, por princípio”, começou explicando. Para ela, determinadas obras, com recortes específicos do Brasil, como as do período literário do Romance de 30, com forte apelo político, ou ainda as publicações de autores que formam a base do pensamento social brasileiro, acabam por afrontar o entendimento simplista, reducionista e distorcido que o bolsonarismo tem do Brasil e de sua formação como nação. “Essas obras são uma ameaça ao pensamento dessa turma. Tome como exemplo as obras da literatura brasileira da década de 30. São obras que discutiram o Brasil, discutiram aspectos da vida nacional. Um romance como os de Graciliano Ramos, ou ainda outras publicações de autores como por exemplo Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, que foram centro do debate intelectual daquela época, mostram pra gente que o Brasil é muito mais complicado do que parece”, disse. https://revistaforum.com.br/brasil/volta-da-queima-de-livros-bolsonarismo/

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